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Análise de Fibra Alimentar ou Dietética (FA)

A importância das fibras na alimentação humana é conhecida desde a antiguidade. Hipócrates em 500 a.C já recomendava o consumo de dietas ricas em fibras por causa de seu efeito laxativo benéfico.

O termo fibra alimentar ou dietética (dietary fibre) foi estabelecido na década de 50, período em que foi sugerido que as principais doenças do homem moderno (obesidade, diabetes, doenças coronarianas, úlceras, constipação, entre outras) poderiam estar relacionadas à ingestão de alimentos com baixos teores de fibra.

Apesar das inúmeras pesquisas já desenvolvidas, existem ainda muitas controvérsias sobre a composição, definição, métodos de análises utilizados para a sua determinação, necessidades diárias de ingestão, efeitos fisiológicos no organismo humano e sobre a rotulagem dos alimentos processados contendo fibra. Estas dificuldades devem-se, principalmente, ao fato de que a “fibra alimentar” é composta por diferentes polissacarídeos interligados entre si formando uma rede tridimensional, na presença de várias substâncias como proteínas, lignina, compostos fenólicos, ftalatos, oxalatos e muitas outras.

 Independente destas dificuldades, FA pode ser descrita como uma classe de compostos de origem vegetal constituída, principalmente, de polissacarídeos e substâncias associadas, que quando ingeridos não sofrem hidrólise, digestão e absorção no intestino delgado de humanos. Esta definição, mesmo não sendo a única e a mais abrangente, tem sido aceita pela maioria dos pesquisadores que atuam nesta área.

De forma semelhante, existem vários métodos para a determinação de FA, sendo os métodos enzímico-gravimétricos, em particular os métodos oficiais da AOAC para a determinação da fibra alimentar total (FAT), fibra alimentar solúvel (FAS) e a fibra alimentar insolúvel (FAI) os métodos mais amplamente utilizados para análises rotineiras de fibras e na rotulagem de alimentos. Estes métodos são exatos e precisos e estão de acordo com a definição de fibras mais aceita atualmente. Através destes métodos os polissacarídeos e os oligossacarídeos inulina, frutooligossacarídeos, polidextrose, maltodextrinas e outros resistentes às enzimas digestivas humanas e solúveis em etanol a 78 – 80 % v/v não são detectados.

Food Intelligence utiliza para esta análise o AOAC Official Method 991.43 – Total, Soluble and Insoluble Dietary Fiber in Foods, revisão junho/2.000.

 

Fonte: Carbohidratos en Alimentos Regionales Iberoamericanos / Franco Maria Lajolo, Elizabete Wenzel de Menezes (orgs) – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006.

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